Sempre que escrevo, debato -me com questões sobre a vivencia do ser humano e suas dificuldades de ser simplesmente ser o que é. Se é feia, faz de tudo para ser bonita e muitas vezes chega a sofrer Intervenção Cirúrgica para para mudar o que não gosta em si; se é bonita quer ficar mais bonita; se é magra quer engordar e se é gorda quer emagrecer; e dai vai em diante cabelo crespo quer liso, se é liso quer ondulado; se não tem seios bota silicone, se tem demais corta fora; bota lentes coloridas nos olhos, modifica o nariz etc, etc... e tal como uma mutante, deixa de ser ela mesma para ser uma outra criatura. Estes conflitos cegam as pessoas e não deixam perceber que a verdadeira beleza reside em sua essência única, aquilo que nos faz dizer que "quando se ama o feio bonito se lhe parece". Será que vale a pena ser o que não se é? Será mesmo que a felicidade se aloja na estrutura física humana? Somos muito mais que isto!
O excesso de vaidade tem levado à morte e à deformação, pessoas lindas que buscam a perfeição. Na maioria das vezes, a baixa estima ou a falta de amor próprio mexem com a cabeça de pessoas lindas ou feias, mas carentes de amor e que às levam à loucura da não aceitação de si mesmas. Porque então não buscar em algo mais sublime como o amor universal para suprir a necessidade carente? Buscar seu eu interior na doação de si mesma, ser integrante na construção da felicidade alheia, procurar ver que neste mundo existem verdadeiras aberrações espirituais e estéticos e depois agradecer a Deus, por ver que a verdadeira beleza se encontra dentro de nós mesmos, bem mais perto do que se imagina!
Catarina kist
